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HISTÓRIA

A origem do Border Collie éGra-Bretanha. A raça é o resultado de mais de um século de criação para a função de pastorear os rebanhos. A origem do nome é da palavra celta "Coalley" que significa "preto", e na palavra Galesa "Coelius" que significa "Leal". 

O facto de ter sido criado essencialmente para trabalho, a aparência do Border Collie sempre foi deixada para segundo plano. Os criadores sempre preferiram garantir que os exemplares fossem cada vez mais aptos para as necessidades deles, que seria cães que conduzissem os rebanhos. Sendo esse o principal objectivo, muitos criadores nunca registaram os seus cães no Livro de Origens/ Clubes Caninos. As competições frequentadas por estes cães eram apenas de pastoreios e nunca em competições de beleza.

O Border Collie chegou à América e imediatamente encantou os criadores de ovelhas com seu trabalho rápido e sua capacidade de aprendizagem. Na verdade, essa última qualidade abriu as portas para que a raça como uma das mais competitivas em campeonatos de obediência e outras modalidades. Depois de trabalhar muito para ganhar fama como uma das raças mais inteligentes, e não por valores estéticos, muitos criadores de Border Collie lutaram por seu reconhecimento pelo AKC como um cão de exposição. Em 1995, o AKC (American Kennel Club) reconheceu a raça e ela entrou para o círculo das exposições, e ai foi feito o standart da raça.

Personalidade

O Border Collie é um cão afectuoso, activo e extremamente inteligente. É uma raça cheia de características que os diferenciam de todos os outros cães. 

São extremamente leais ao dono e querem sempre agradar, e estar junto deles, é expressamente indicado que os cachorros tenham treino, educação e regras desde cedo, ou pode se tornar em um pouco complicado de controlar. Estão sempre atentos dono, por isso pode ocorrer serem mais resguardados com pessoas que não conhecem.

 O Border Collie é do Grupo dos Cães Pastores, mas podem adaptarem se ao estilo de vida e rotina do dono, desde que este tenha em atenção que é um cão que precisa de muito estimulo mental e passeios/actividades diárias.

Saúde

O Border Collie é normalmente um cão bastante resistente, mas claro devemos sempre estar atentos, pois têm uma tolerancia á dor muito grande, o que pode esconder alguma doença ou desconforto que tenham. Não é um cão que costume dar muitos problemas em termos de doenças, mas mesmo sendo geralmente saudáveis, existem alguns componentes genéticos que podem influenciar na saúde deles. A responsabilidade final para manter a integridade da raça está na mão dos criadores. Os criadores precisam de ter a responsabilidade e rigor, e o comprador precisam de ter a responsabilidade em comprar apenas a aqueles criadores que se comprometem com o melhoramento da raça, e a sua saude. As doenças geneticas mais comuns da raça são:

 

Displasias (anca, ombro e cotovelo)- É uma doença que afecta as articulações e ossos, é uma má formação nos mesmo, sabe-se que a displasia pode ser genética como também ambiental, em casos ambientais, os exemplos factores estão na alimentação saudavel/nutricional, biomecanicos e de meio-ambiente que podem afectar o bom desenvolvimento dos ossos e articulações.

 

CEA/CH - Collie Eye Anomally- ou doença do olho do Collie, é uma doença comum nos Collies, mas que também atinge outras raças como o Pastor de Shetland, Bearded Collie, Australian Shepherds, Lancashire Heelers e o Border Collie. Caracteriza-se pela presença de Hipoplasia Coroidal (CH) que é o que caracteriza a doença, às vezes Colobomas e raramente, nos casos mais graves, Descolamento de Retina, que leva à cegueira total ou parcial. Não tem cura.

 

CL - Neuronal Ceroyd Lipofucionosis- é caracterizada como um defeito no armazenamento dos lisossomos no interior das células de vários tecidos do organismo do animal, principalmente a nível cerebral e que resulta num acúmulo destes corpúsculos provocando vários tipos de desordens. Os sintomas vão desde tremores, ataques, espasmos e a morte do animal jovem com aproximadamente 2 a 3 anos. Ocorre em raças como English Setters, Tibetan Terriers, American Bulldogs e no Border Collie. Esta doença não tem cura e é uma das mais cruéis, pois provoca muito sofrimento ao animal.

 

TNS - Trapped Neutrophil Syndrome- é um defeito no transporte de Neutrófilos (Glóbulos Brancos) responsáveis por defender o organismo de infecções, os Neutrófilos são produzidos no interior dos ossos, mas não chegam aos locais infectados. Geralmente os filhotes morrem antes de completar 2 meses, de infecções generalizadas, ou ainda depois da primeira dose de vacina. Longe de ser uma doença rara, ela pode ser diagnosticada erroneamente como Parvovirose, ou Coronavirose, ou outra doença comum qualquer, simplesmente porque os cachorros morrem com os mesmos sintomas: diarréias sanguinolentas, vômitos, falta de apetite, etc dependendo da infecção que os acomete. É de difícil diagnóstico, pois a contagem de Neutrófilos é normal nos hemogramas. Não tem cura.

 

MDR1 - Multi drog resistence-é uma mutação no gene MDR1 que causa uma deficiência na produção de uma proteína (P glicoprotein). Essa proteína é responsável pelo bombeamento dos metabólitos dos fármacos ingeridos para fora das células do organismo, principalmente no cérebro, onde a falta dessa proteína acarreta o acúmulo de substâncias tóxicas que causam uma intoxicação nervosa. A correlação clínica para esta mutação é a (hiper)sensibilidade de certas raças de cães, principalmente collies, à algumas classes de medicamentos como agentes anticancerígenos (doxorrubicina, vincristina, vinblastina), imunossupressores (ciclosporina), antiparasitários (ivermectina, moxidectina), hormônios esteróides (aldosterona, cortisol, dexametasona), antimicrobianos (tetraciclina, doxiciclina, levofloxacina, cetaconazol, itraconazol), analgésicos (morfina, metadona), antidiarreicos (loperamida), antiepilépticos (fenotiazina), glicosídeos cardíacos (digoxina, diltiazem, verapamil, talinolol) entre outros.

 

Glau (Glaucoma)- É um grupo de doenças que causam um aumento da pressão dentro do olho. Este aumento de pressão causa lesão das estruturas oculares, e não sendo diagnosticado e tratado a tempo leva a cegueira. No cão estão descritos 15 tipos diferentes de glaucoma, sendo grande parte de origem hereditária. Ambos os olhos podem ser afectados embora não ao mesmo tempo. O glaucoma pode ser dividido em três categorias: primários, secundários e congénitos.

 IGS (sindroma de imerslud-grasbeck)- - O Síndrome de Imerslund-Grasbeck (IGS) é um distúrbio encontrado em Beagles e Border Collies, onde a cobalamina na dieta (vitamina B12) não pode ser absorvida pelo intestino. Ambas as raças têm mutações independentes no gene da cubulina (CUBN). A doença tem um modo genetico autossômico recessivo e ambos os sexos são igualmente afetados.

Os donos de cães IGS afetados, muitas vezes apontam a falta de apetite, falta de ganho de peso, letargia e desconforto que se intensifica depois de comer. Clinicamente anemia e excesso de proteína na urina são observados. Sem tratamento crônico, podem ocorrer danos crônicos no cérebro e no sistema nervoso.

 

Cuidados-

Como já foi referido antes o Border Collie têm uma energia muito elevada, que pode ser muito difícil de lidar para donos inexperientes ou sedentários. É uma raça precisa de um dono que o entenda e tenha tempo para treiná-lo, estimular todo o seu potencial, quer físico como mental. Eles estão sempre à procura de trabalho e novos desafios.  Embora sejam cães muito resistentes é preciso ter cuidado para não os esforçar em demasia. Eles não dão sinais de cansaço ou dores, por isso quando as actividades já duram há algum tempo deve-se incentivá-los a parar um pouco. Quando o Border Collie não gasta energia física e mental que têm, podem tornar-se auto-destrutivos, compulsivos, obsessivos e com vários problemas comportamentais. Também é necessário salientar que os donos com pouca experiência devem estudar bem a raça antes de adquirir um. 

Alimentação- 

A alimentação varia de cão para cão, é importante ter uma alimentação saudável e equilibrada, não esquecendo os suplementos vitamínicos e condroprotetores.

Pelo, cores e grooming-

O Border collie é geralmente facil de cuidar da pelagem, não exigem banhos frequentes, em contra partida precisam de ser escovados semanalmente, para manter sempre o pelo saudável e sem pelo morto que pode criar alergias. O Border Collie por norma não têm um cheiro desagradavel quando não tomam banhos com regularidade, costuma se dizer que eles têm um "auto-Cleaner", podem ficar cheios de lama, é so esperar que seque, escovar, e ficam como novos. Como qualquer outra raça, Border Collie faz a mudança do pelo periódica e, os que têm mais pelo a quantidade de que vemos cair é muito mais perceptível. Os Border Collie tem dois tipos de pelagem: medio e comprido, em termos de cor da pelagem, o Border Collie pode ter qualquer cor e padrão, apenas não pode nunca predominar o branco, em relação à cor merle, podem ter os olhos azuis, nas outras cores não são desejados

Crianças e outros animais-

Com crianças vai sempre depender de cão para cão e o seu temperamento ou energia, não costumam por norma ser problemática, podem ter casos de cães que são fantasticos com crianças e outros que se podem sentir incomodados com a energia delas. Nunca se deve forçar a convivência entre o seu cão e o seu filho, a ligação entre os dois irá acontecer naturalmente com o passar do tempo, mas sempre com a vossa supervisão. Quando temos um Border e crianças em casa devemos estar atentos à sua necessidade de trabalho como cão pastor. Nunca deixe que o seu cão tente pastorear os seus filhos ou algum membro da família. Mas como em cima refiro, depende sempre de cão para cão e do seu temperamento, é muito importante que se tem filhos ou crianças pequenas na familia, que escolha o cachorro mais indicado para o ambiente que o vai levar, isso será sempre uma pergunta que deve fazer ao criador, que os deverá conhecer e indicar lhe o cachorro mais indicado para o seu estilo de vida e ambiente. Os border Collies com outros animais, como gatos, passaros, coelhos ou outros caes, normalmente não tem qualquer conflito, é tudo uma questão de sociabilização. 

  @Rebecca Höy Villar

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